Sem Papas Na Língua

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Não fui a única. Óbvio!


Aquela frase: "O amor é cego!" é tão verdadeira quanto a frase: "Para se viver você também precisa de oxigênio". E ainda complemento... O amor é cego, surdo mudo e ainda manca. O estado de se estar apaixonado nos emburrece, nos embobesse, faz com que vivamos em uma outra dimensão, que nem mesmo nossos pais ou amigos possam nos ajudar a exnchergar, muita das vezes o que está declarado pra todo mundo, mas você quer se enganar ou está sendo enganado mesmo.

Estive me envolvendo com um cara que era de outro país, e ele se relacionava com mais outras 80 garotas, e eu só fui perceber isso quando aos poucos fui observendo e refletindo com mais nitidez sobre o que ele me falava, o que ele me fazia e os comentários em fotos que ele recebia. Ele nunca foi exclusivo meu e eu não era exclusiva dele, penso hoje que as mesmas palavras e atitudes demostradas a mim, era as mesmas demostradas a outras também. E ainda digo, melhores.

Eu me iludi pensando que fui a única a receber fotos de lugares onde ele estava, da fantasia da festa de halloween, os sorrisos e beijos espontâneos, as saidas. Eu não fui exclusiva. Mimimimi. Eu sei! Mas sempre tem um dia que esse mimimimi tem de ser posto pra fora, mesmo que de modo dramático, mas verdadeiro.

Confesso que resisti muito aqueles olhos, aquele jeito de me tratar e aquele modo seguro de olhar o mundo e a vida, mas a barreira que me deu trabalho de erguer se desmoronou com facilidade para um cara que me fez achar que eu tinha um pouco mais de vantagem num sentimento que só na minha cabeça existia. Fui tolinha mas quem nunca foi? Não me envergonho. Essas coisas acontencem e com propósitos.

Ele em nenhum momento disse que ficaria comgo, em nenhum momento me jurou amor, não me disse que por mim ficaria. Ele curtiu o momento, e o mesmo eu deveria ter feito, mas não fiz. Me entreguei por inteiro por um alguém que estava por inteiro e resistente a qualquer sentimento meu. Enquanto estava comigo, conversava com outras tantas garotas parecidas comigo talvez. Enquanto estava com elas, me enviava uma ou duas palavras. 

E aí muitos me disseram que fui burra por ter se entregado demais, ter criado expectativas demais por um alguém que vive a milhas de distância. Por um alguém que veio na intenção de se divertir. E não estou querendo dizer que ele é o mal da história, ninguém é obrigado a nada, muito menos a corresponder nossas expectativas e sentimentos. O importante foi o que significou pra mim tudo o que senti e vivi.

Aos poucos fui percebendo que certas atitudes que ele tinha comigo já estava explicito a falta de qualquer interesse. Que o que todos me diziam, infelizmente, fazia sentido. O interessante foi que só percebi tudo isso quando a paixão que eu tinha foi se acalmando se esfriando? Não sei. Só sei que os sentimentos são dfíceis de serem barrados, mas com um tempo a gente de tanto sofrer ATOA começa a saber controlá-los. Eu não fui e nem serei a primeira a ter o coração partido, mas preciso compreender que a vida tem de seguir, que por mais que eu tenha gostado do que vivi, tenho que aceitar que passou.

Hoje, ele já não me fala mais e eu cansei de insistir. Não vale nunca à pena jogar pérolas aos porcos, a própria Bíblia diz. Não vale ser inteira para um alguém que não quer nem sua metade.

Eu não sou mais a mesma, nem ele. A paixão tem prazo de validade, pavil curto, se esfria com facilidade. O que eu criei sozinha está se enfraquecendo e na velocidade lenta, não adianta apressar e nem ficar chateada por não ter dado certo, quem se enganou fui eu. Ele desde o começo foi sincero, mas parecia que em certos momentos e era diferente de todas com o qual ele se relacionou e de fato sou mesmo, não pra ele, mas pra mim mesma. Tenho minhas peculiaridades, qualidades e o que eu nunca quero deixar de ser é essa pessoa que se entrega de verdade. 

Um dia, todo esse sentimento será reciproco de alguém pra mim. E ai sim creio que vou entender a frase: Eu sabia que iria dar certo com a gente. Essas pessoas receberam o sentimento reciprocamente.

O tempo vai passar e assim como ele me esqueceu, eu também o esquecerei, porque meus dias serão tomados por outras coisas, é assim que funciona quando a gente resolve não aceitar o que não merece. Não posso apagar o que já foi, mas posso continuar como eu quiser, dando um fim no que nunca existiu.