Sem Papas Na Língua

domingo, 26 de junho de 2016

Se tem uma pessoa que sabe sobre mim, sou eu.



Por que a opinião de uma pessoa que não sabe quem você é, é mais importante pra dizer que algo sobre você é ou não verdade, do que sua própria opinião sobre você? Não gostamos de ser rejeitados e começamos a duvidar de tudo que somos a partir da opinião alheia. Quando quem tem que achar algo de você, esse alguém é você mesma/o. Não que você vá sair por aí desconsiderar a opinião de todo mundo, mas você tem de saber lidar.

Você sai de casa segura/o de que seu cabelo está lindo, que sua roupa deu um up, de que você será uma boa cia, mas aí vem um alguém e diz que não gostou. Ai existem dois tipos de pessoa para essa mesma situação: ou você vai ouvir o que o outro disse, mas levar em consideração a sua opinião de que está tudo ótimo, ou vai se sentir pessíma/o com a opinião desse outro. E aí tudo vai ficar ruim, porque ninguém gosta da rejeição.

Por que a opinião de um desconhecido é mais importante? 

Se um certo alguém que tinhamos intenção de "flertar" nos negou, por exemplo, ao invés de irmos flertar com  outra pessoa, ficamos achando que não somos bons o suficiente. Essa pessoa que nos "negou", tem o direito de não nos achar interessantes, assim como acontece de não acharmos um outro alguém interessante. Assim como alguém pode não nos achar interessante, haverá um outro alguém que nos achará, concorda?

(Ficou meio redundante, mas eu acredito que você esteja entendendo onde quero chegar haha') 

As pessoas tem mania de achar que nos conhece por simplesmente ter nos conhecido por um dia ou por horas, ou nos julgam pelas fotos que estão nas redes sociais, quando de fato quem nos conhece sabe do nosso verdadeiro proceder. Lógico que o que expressamos é o que a gente sente, acredita e é. Mas muita gente expressa o que geralmente não está sentindo para ter a aprovação do outro. Mas enfim, não é essa a questão.

Com o relacionamento frio que alguns tem apenas pelas redes sociais fica difícil de conhecer quem de fato o outro é, e acaba que o julgamento não poderia vir de outro jeito que as informações que o outro se propõe a expor. 

O que você talvez não veja é que existem opiniões diferentes, momentos de vida diferentes e pessoas diferentes. A sociedade não vê assim e te ensina a negar o que está fora do padrão imposto. A sociedade também diz que devemos sempre nos dar bem, que devemos sempre ser aceitos, o que na vida real isso não acontece. E quando a rejeição vem, alguns não sabem lidar. E eu não me refiro apenas nas relações entre pessoas, mas na procura por um emprego, por exemplo. O NÃO veio hoje, assim como o SIM pode vir amanhã. O NÃO pode ser que você não se encaixe naquele lugar, naquele momento, não que você não seja apropriado/a para estar em outro lugar.

Agora, pensa bem... Eu, que me conheço a vinte e cinco anos, não posso considerar mais importante o que um desconhecido acha de mim, do que eu mesma sei sobre mim. Que direito um desconhecido que não conhece minha história de vida, tem de definir quem sou? Nenhum, né?! Você se conhece, sabe tudo sobre você, não deveria duvidar de quem você é. Um desconhecido não sabe mais sobre você, do que você mesmo/a. Não é?

E isso vale para nós mesmos/as também, não podemos achar que conhecemos alguém pelo simples fato de termos conversado com elas por algumas horas ou dias. Não podemos considerar essa pessoa alguma coisa, pelas poucas informações que ela nos ofereceu. 

Não se cobre! Não cobre do outro o que nos mesmos não podemos oferecer. Não tenha medo de criticas, não tenha medo da rejeição, saiba lidar com isso. E se achar que precisa mudar algo em você, mude por si mesma não para agradar o outro. Porque aí você terá que agradar mais de 1.000.000 de opiniões diferentes. Veja bem, hein!


Por Daniella Lins