Sem Papas Na Língua

domingo, 3 de maio de 2015

Cadê o amor que estava aqui? Não se apega a carência não.



Quando você está carente, você exige muito a atenção e carinho de alguém e se esse alguém não corresponde as suas expectativas, você fica mal. Assim, você vai vivendo a mercê do outro. Por quê? Por quê sempre o outro que é o errado e não você? As vezes o outro nem sabe que é o responsável por tanto conflito ai dentro de você. Até quando você vai esperar pela iniciativa de alguém? Seja você o agente. Ame-se! Cultive o seu jardim, já dizia Shakespeare.

Ser apegado a certas coisas é muito complicado, a gente pouco se imagina sem ela. E aí acaba por acumular ou não dar espaço para que outra coisa tome o lugar. As vezes é necessário que a mudança ocorra. O livro "Não se Apega Não" da Isabela Freitas se tornou um clássico nesse assunto de desapego e ajudou muita gente a refletir sobre deixa ir. Tudo que nos deixa dependente, nos faz mal. Independente do que seja.

Coloque na balança e pese... Isso realmente tem o grau de importância que eu estou dando? Alguns pontos finais são essenciais. Não se lamente por toda a vida. Não dá, não dá. Ai você vai dizer: "Hum até parece que é fácil não se importar." É sim, basta você querer.

Você já parou pra pensar que de repente o problema é você? A gente que transforma os caras no problema quando na verdade nós mesmas que deveríamos corrigir alguns deslizes. Quando eles dão os primeiros sinais de "canalhice" ou de que não tem os mesmo ideais com a gente (e nem precisa ter, mas digo, quando faz algo que foge do que acreditamos), quem deveria dar "good bye" é a gente. 

Mas sabe o que fazemos? Damos mais uma chance, e outra e outra... Quando você vê, não está feliz. Tudo isso porque a gente quer preencher a falta de algo que não sabemos geralmente, com um outro alguém, ao invés de curar a ferida. Isso podemos chamar de carência, e acabamos nos apegando a qualquer coisa. 

E o outro por qualquer coisa que faça nos atinge negativamente. Porque estamos doentes, como uma imunidade baixa, que tudo faz ficar doente, chateado. Ai é muito mais fácil chamar o outro de babaca, do que assumir que nós mesmas somos as responsáveis pela intensidade da lamentação. Você acha mesmo que se ele/ ela quisesse te ver, já não teria marcado algo? Tome a iniciativa, mas se a pessoa não corresponder... desapega!

Ai tem aquela coisa dos sinais que a gente insiste em considerar como um motivo de carinho por nós. Tudo ilusão. Pensa só. Não se apegue a tão pouco. Mas também não generalize as pessoas. Saiba quem você é, saiba o que você quer, que a chance de se decepcionar será pequena, pelo menos você estará no caminho para a tentativa. Se culpe menos. Não somos responsáveis pela frieza e mentira que as pessoas nos contam, mas somos responsáveis por delimitar até onde elas vão.

Mas como não se decepcionar? Não existe isso. O ser humano sempre decepcionará alguém e sempre será decepcionado. Somos humanos e não santos. Não somos marionetes, (há quem se deixa ser), não dá pra corresponder as expectativas de todas as pessoas, você não consegue corresponder nem mesmo as suas. Vai cuidando do que te incomoda, só assim você poderá acomodar um outro alguém dentro de você. E isso não se dá de um dia para o outro, é processo. Permita-se ao novo. Tente. Você precisa de alguém que finja gostar de você? Você que sabe o que merece.

Faça a mudança, queira a mudança. Ocupe a mente com coisas que lhe dão prazer e não com o "se", se eu tivesse feito, se eu tivesse ido, se ele me ligasse. PARA!





Por Daniella Lins


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