Sem Papas Na Língua

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Se despeça daquilo que não serve mais. DESAPEGA! Que dói menos.

Pare de olhar com bons olhos aquilo ou aquele que você acha que ama, que gosta. Seja sensato e verdadeiro consigo mesmo. Não leve adiante o que pela esperança você acha que vá mudar ou que tenha algum motivo para assim ser, alguma serventia ou razão para o tal. O que não faz bem pra você, não tem motivo de ficar pendurado como um chaveiro de carro, daqueles que ficam bem a sua visão, distraindo as vezes o que você deveria ver. Você tem que ser sincero principalmente com o que você quer pra você, para não fazer com que o outro também perca seu tempo.

Tempo esse que dure o que durar, foi necessário para permitir tudo o que aconteceu com você, que fez o que você é hoje. Não fique preso a coisas passadas, porque com certeza essas coisas não te levaram para frente, porque elas prendem seus pés e cegam seus olhos para enfrentar o presente e realizar o futuro. Não se apegar não é ser indiferente à vida, diz Isabela Freitas. Em seu livro, li um trecho em que me deixou muito a pensar:
"O desapego é saber a hora de se despedir de coisas que não têm mais espaço na sua vida. Pode ser aquelas roupas que você nunca usou, mas guardou porque é egoísta demais para doá-las. Pode ser aquela panela sem alça que você ganhou de presente no seu primeiro casamento, mas não teve coragem de jogar no lixo. Pode ser aquele vidrinho de perfume que você guarda no fundo do guarda-roupa só porque lembra o cheiro. O desapego pode ser aprender a se despedir na marra, já que muitas vezes não temos escolha. O desapego é saber deixar partir, e isso é essencial na vida de qualquer ser humano." (Não se Apega não - Isabela Freitas)
Não é fácil, deixar partir aquilo ou aquele de quem amamos. Se despedir nem sempre é fácil, mas se faz necessário, a gente querendo ou não. (ODEIO me despedir, não aprendi ainda, nem vou). Amar a si próprio antes de amar alguém, é essencial para que você ame o outro de verdade e na verdade. Só sabendo o que quer e o que não quer, só reconhecendo suas limitações, que você saberá respeitar o outro e não permitirá que ele cause algo que você não queira e vice-versa. Assim, você não fará mal a você e nem ao outro, sendo sincero. Porque nós precisamos aprender, precisamos nos machucar. O coração precisa aprender a se reconstruir. Se não existissem quedas, não existiriam triunfos.

Ser sincero com os seus sentimentos e com os sentimentos do outro, dificilmente será o caminho da decepção e sim a interrupção da bagagem desnecessária. Que ninguém merece carregar o tempo todo. Muito melhor admirar e apoiar balões, eles são leves e coloridos. Porém, carregar peso de fato nos deixam mais fortes, e depois você vai precisar de cargas mais fortes para superar. Essa é a vida, sem definição, uma superação dia a pós dia. Reconhecimento, agradecimento, presente e dadiva de Deus. 

Muito melhor viver sem se arrepender, sem causar mal entendidos. Creio que aquele que vive sem complicar as coisas, mas do que elas já são, tem sempre uma solução ou tenta pensar nela, com mais facilidade e liberdade. Não se prenda a nada nem ninguém, seja livre! O que foi bom, o que foi ruim, durou o tempo que teria que durar, esteja preparado para novas situações, não esteja acumulado. 


Daniella Lins

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