Sem Papas Na Língua

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Deixa eu te olhar nos olhos?

 
Pode me chamar de exagerada, mas com você assim do meu lado eu não penso em muita coisa a não ser te beijar, te abraçar. Sossega menino tão lindo, sorrindo, deixa eu te levar pro meu mundo? Que você tem medo de desvendar. Entrelaça seus dedos nos meus e vem.
 
Eu quero me debruçar na sacada dos seus olhos. Me lambuzar com seus beijos, fazer você pirar, te arranhar. Deveria ter percebido nas entre linhas dos seus quadris que você me chamava pra dançar, se embolar. Deixa eu ficar, não tenha medo rapaz! Deixa eu ir, me esvair nos seus braços, descobrir o seu eu. Me deixa ser diferente, eu sou diferente.
 
Eu quero olhar dentro dos seus olhos e descobrir o que há dentro de você. Me deixa te falar do meu jeito, sobre o dia em que corremos na chuva, estava frio, eu queria abrigo, mas você não soube dar, por medo de se magoar. Não há saída meu bem! Quando você quer se entregar.
 
Toda vez que estou aqui diante dos seus olhos, aah os seus olhos me revelam tanta coisa, quero me afogar, me perder e entender o por quê de você se esconder. Me lembro do dia em que te encontrei, você me encontrou. Lembro do papel amassado que eu ainda guardo com seus rabiscos malcriados me dizendo: deixa eu ficar?
 
Fica! Mas me diz que vai ser diferente dos outros dias, vamos escrever tudo de novo, agora, sem medo, vamos viver? Um dia, outro dia. Não me faça promessas, não assine contrato. Deixamos rolar. Seja assim, sempre sincero, me conte sobre o seu dia. Quero rir de você, rir com você. Desfaça essa cara amarrada.
 
Deixa eu te olhar nos olhos? E lembrar do silêncio do dia em que você me perguntou, deixa eu ficar? E você realmente ficou.

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